quarta-feira, 5 de dezembro de 2012

20 dias...

O bom do quentinho.

 
Para além do meu vicio pelo café, o chá também tem ocupado os meus dias. Já se tornou quase um hábito. Envolver as minhas mãos numa caneca quentinha, deixar o cheiro espalhar-se pelo ar, ver o fumo a sair, e beber lentamente até ficar com o coração aconchegado, sabe tão bem. As coisas simples deixam-nos sempre com um sorriso nos lábios.

segunda-feira, 3 de dezembro de 2012

6


Há dias, há anos, há momentos que nos marcam. E percebemos que deixámos o passado lá atrás quando só nos lembramos de um momento, quando alguém nos fala nele. Depois de uma partilha de momentos felizes e tristes, uma coisa é certa, assim como nos vem a tristeza, vem-nos logo a seguir a alegria. É tão certo como anoitecer e amanhecer outra vez. E ainda bem. O meu único medo é de como tu, me tornar insensível a determinados sentimentos e momentos. Será que tiveste uma influência assim tão grande em mim? Será que entraste assim tanto dentro do meu pensamento? Será que me moldaste assim tanto? Mas depois lembro-me de que se tenho medo disso, é porque ainda não somos iguais. E fico feliz por isso. Não quero ser igual a ti, e não me quero tornar uma pessoa fria e insensível. No entanto, eu acreditava piamente que as pessoas tinham o direito de errar sempre, porque eram humanas. Eu acreditava que se amasse alguém, isso bastaria para que a pessoa nunca me desiludisse. Achava que o meu amor por essa pessoa bastaria para que a pessoa, ciente do meu amor, se acautelasse com as suas acções. Mas uma coisa boa, depois destes anos, depois de ter passado o que passei, é que é preciso realmente muito, para me incomodarem. Eu sei perfeitamente o que quero, como quero e o que tolero que me digam. Hoje, olho para trás, e vejo como o tempo passou a voar. Tanta coisa mudou. Nós mudamos. Hoje estou feliz como nunca estive. Hoje sinto coisas que nunca senti. Hoje acredito novamente no Amor e que podemos amar e ser amados sem dor, sem sacrifícios, sem lágrimas. Aprendi muito. Abri os olhos e juntei ao meu coração, a razão. Sim, porque amar também é pensar. E quem ama sem pensar, muito provavelmente acaba mais infeliz do que feliz. Hoje já não quero desperdiçar tempo da minha vida com quem não o merece. Quero ter junto de mim pessoas de quem gosto e que me querem bem. Os anos passaram desde então e tenho a perfeita noção que cresci imenso e hoje penso de forma diferente. Provavelmente, esta passagem na minha vida acabou por me moldar na pessoa que sou hoje. Sei que estou mais segura de mim, e se foi preciso passar por tanto para me sentir assim, então valeu a pena.